O pai é o homem que, junto com a mãe, está a serviço da vida para a geração e continuidade da própria vida. O pai é amor e coragem, ele não acolhe e guarda, ele acolhe e impulsiona, conduz para a vida, permite o crescimento e a responsabilidade - o pai é importante como presença masculina e autoridade na vida dos filhos.
Muitos homens se assustam com a complexidade da paternidade e, não raro, omitem-se, ausentam-se. E não o fazem por mal, há uma criança machucada dentro dele, uma criança com medo e que não sabe lidar com suas dores, que se esconde e defende.
O pai é a "mão" que nos conduz para a grandiosidade da vida, que nos leva para além dos domínios da mãe, que amplia o mundo e nos dá a segurança necessária para entrarmos nele com a sensação de pertencimento, de ter um lugar. O pai é amplitude!
E, assim como a mãe, devemos entender os "sins" que recebemos do pai, seja ele quem for e como for - ele disse "sim" para a criação da nossa vida, para a proteção, o sustento, a regra, a disciplina, a orientação, o limite, a motivação, o incentivo, a confiança,... Mesmo em suas falhas, mesmo em suas limitações, mesmo em suas ausências - é preciso sentir e internalizar sua força, sua presença, seu amor do jeito que soube dar.
Acredite o pai não é um super-homem, não é imortal, não tem super poderes. O pai é apenas um homem, é um ser humano que erra, que sente, que sofre, que quer fazer o certo, quer ter sucesso e quer prover o sustento e a prosperidade de sua família, quer ser amado e reconhecido, quer ter valor. Mas nem sempre ele sabe como fazer isso e nem sempre a família sabe dar-lhe isso também.
O pai traz a força do masculino, o equilíbrio para a família, a prosperidade. Permanecer no âmbito da mãe nos mantém crianças, nos fragiliza diante da vida, é a força do pai que nos permite crescer e assumir a vida. Algumas mães erram ao afastar os filhos do pai, ao afastar do afeto, do mundo masculino - mesmo dentro de casa, porque as mães também procuram no homem um ser idealizado, perfeito, cheio de atributos divinos, mas decepcionam-se ao perceber que, ali, só há um homem, humano, imperfeito e com fragilidades (como ela!).
É preciso aprender a olhar o pai que se tem, o pai real, separando-o do papel do homem casado com a mulher (que é a mãe), porque a relação do homem com a mulher, não nos cabe saber nada, não nos cabe julgar ou pesar nada e menos ainda tomar partido, porque os filhos não pertencem a essa esfera. Os filhos pertencem à esfera do pai, do homem enquanto pai desses filhos, e como pai deve ser visto, respeitado e honrado.
Para que a prosperidade nos alcance, precisamos da coragem que vem do pai, porque é essa coragem que nos impulsiona a fazer os movimentos necessários para produzir, crescer e ganhar dinheiro, porque o dinheiro é uma energia que exige força e coragem. Por isso se torna tão importante tomar o pai, internalizar o pai que temos, porque esse é o pai certo, porque é justamente por ter esse pai que podemos ser quem somos, então ele merece nosso amor, reconhecimento e honra.
Nossa alma sabe o quanto ele é necessário, porque ele é metade de nós e seguirá sendo, julgar o pai é julgar a si mesmo, é posicionar-se acima dele, é ser arrogante e querer ocupar um lugar que não é nosso: não somos o pai do pai. Diante do pai seremos sempre menores, seremos sempre filhos, e não é justo esperar dele o que ele não pode dar, porque tudo o que ele tinha nos foi dado e isso é suficiente, deve ser tomado com gratidão - sendo muito, ou sendo pouco- era tudo!
O pai, com a mãe, nos permitiu a vida, o pai, com seus defeitos, nos fortaleceu, nos deu casa, comida, roupas, sustento e nada disso foi de graça, teve custos e o pai assumiu todos para que hoje possamos estar aqui. Não temos o pai ideal, não temos o pai da "propaganda de margarina", temos o pai real, humano, imperfeito e certo.
Como você vê o seu pai? Quer constelar para descobrir? Agende seu horário.
Um abraço,
Rubia Tessaro
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