Você tem fome de quê?
- Rubia Tessaro
- 27 de mai.
- 2 min de leitura
Não coma as suas emoções

Reconheça, acolha, ame e supere!
Comer para anestesiar emoções é uma forma silenciosa de lidar com tudo aquilo que não sabemos expressar. Tristeza, raiva, solidão, frustração — todas as emoções podem encontrar uma válvula de escape na comida, criando um ciclo de culpa e insatisfação.
Mas por que isso acontece?
Porque demonstrar nossas emoções não era permitido, cansamos de ouvir frases do tipo "engole o choro", "cala a boca", "não diz isso", "fica quieta e come", "limpa o prato", "não pode deixar comida no prato" - comer era permitido, expressar não era. Comer sempre teve muito valor, principalmente numa sociedade pobre e escassa, em que nem sempre havia alimento.
Comer para crescer, comer para se proteger, comer para ficar forte, comer para ficar bem, comer, comer, comer - é preciso aprender a se nutrir daquilo que realmente precisamos, nem sempre a fome que sentimos é de comida. Para entender qual é a fome que sentimos é preciso dar nome: a fome biológica nos sinaliza diretamente no estômago, qualquer outra sensação ou necessidade de comer carrega em si outro nome, outra origem. A pergunta que pode nos ajudar a entender qual é a nossa fome é essa: A fome está no estômago? se a resposta for negativa, façamos outra pergunta: Como me sinto agora? Qual a emoção ou sentimento está gerando essa sensação de vazio que quero preencher com comida agora?
Ao dar um nome: ansiedade, tristeza, falta de energia, cansaço,... podemos mudar o foco e preencher o vazio com algumas alternativas: um copo de água, um chá quentinho, uma caminhada, uma atividade criativa, uma conversa com alguém,... Faça o seguinte exercícios: Respire, sinta o ar entrar profundamente no seu corpo e, em seguida, sair lentamente. Respire e relaxe. Olhe para o seu sentimento, se permita sentir, busque a origem - onde começou? Qual o gatilho de hoje? E diga mentalmente para si mesma: "o que sinto é raiva (ou outro sentimento, emoção, sensação), tudo bem, eu aceito a raiva, permito que ela passe por mim e saia, eu não sou a raiva, sou maior e deixo ir" - respire quantas vezes precisar para libertar-se do sentimento e da sensação de que comer é aliviar, compensar.
A Constelação Familiar pode ajudar a compreender essas emoções não resolvidas, as histórias que precisam ser vistas e as carências que buscam ser preenchidas. Quando você acolhe suas emoções de forma consciente, não precisa mais anestesiá-las ou mascará-las. Fome passa a ser só fome, perde o sentido de compensação, de alívio, de refúgio.
Não tenha medo de sentir, agora você é adulta, é dona de si, tem o poder de se governar e tomar decisões, decida sentir e entender. Nutra-se de presença, de amor próprio, de vida verdadeira. Seu corpo e sua alma agradecem.
Abraços,
Rubia Tessaro
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